Somente uma palavra: diferente. Se é possível classificar este disco de qualquer coisa, antes de mais nada, diferente. Ainda sim inovador (dentro do que é possível para a banda) e com uma nova sonoridade.
Para quem espera algo próximo dos anteriores, é frustrante. Saem as orquestrações e os vocais sopranos para entrar a voz mais “comum” da Mary e um som que vai agradar em cheio quem gosta de bandas como Paradise Lost. Porque parece que certamente irão apostar neste ramo para a banda.
Tudo isto é, sem dúvidas, fruto das mudanças que a banda sofreu (e não somente com a saída da vocalista Vibeke Steine). Este fato já tornaria previsível (e por que não, necessária) uma alteração dentro da música do grupo. Alteração esta, inclusive, muito bem vinda.
O que mudou, de fato? Como mencionado, não temos mais um lado “symphonic” e sim algo mais conciso, sem exageros. É possível perceber um amadurecimento muito grande do Tristania aqui, uma banda mais coesa e mais harmônica, mesmo com as trocas de integrantes. A segunda mudança nítida é a falta dos vocais guturais. No lugar temos um masculino limpo, seguindo mais ou menos a mesma linha do Nick Holmes. A voz feminina tem um destaque muito grande, sem precisar daquela grandiloquência exagerada da Vibeke, o que mostra uma aposta muito maior dos demais integrantes. O resto da parte instrumental perdeu aquele lado death metal de antes, que já vinha acontecendo desde o Illumination. É talvez uma outra mudança bem vinda, uma vez que saturou ouvir grupos antigos da leva do Tristania que ainda se preocupam em repetir os mesmos elementos.
É uma tentativa ousada mudar assim a sonoridade. Só que isto também mostra que Rubicon é um disco maravilhoso e que merece ser ouvido diversas vezes.
Faça o download do álbum clicando aqui.
Tamanho: 70Mb
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