Nos últimos anos temos presenciado uma derrocada da indústria da cultura como
conhecemos. Uma vez que nada se cria nem se transforma e muito menos se recicla, fica difícil de imaginar um futuro onde a ordem da vez é repetir o passado com a ideia primordial de dizer que se faz uma “releitura”.
conhecemos. Uma vez que nada se cria nem se transforma e muito menos se recicla, fica difícil de imaginar um futuro onde a ordem da vez é repetir o passado com a ideia primordial de dizer que se faz uma “releitura”.
Uma vez, ao ver o motivo do diretor do programa “Prêmio Multishow” ter se demitido me fez pensar no quanto precisamos ser mais críticos e menos manipulativos. A razão de bandas como Cine, Restart e outras fazerem sucesso é um somente: fórmula pronta.
Como resultado, temos sempre as mesmas coisas e as premiações, que deveriam se focar em músicos realmente talentosos e inovadores, acabam servindo como reforço para as pessoas engolirem sempre as mesmas porcarias aditivadas que todas as gravadoras empurram a você e a todos nós.
Ver um prêmio da MTV onde a Lady Gaga, que chama mais atenção pelas excentricidades do que pela qualidade de suas obras, ganha é de embrulhar o estômago e dar ulcerações fortíssimas no cérebro. Não que Lady Gaga seja uma má artista, mas é intrigante o fato de que num Music Awards a imagem sobresaia-se à música. É a corroboração de que não ter o que dizer e causar polêmica apenas por um sensacionalismo midiático é querer ser enganado e ficar feliz com isto. É querer dar um significado e uma dialética àquilo que não tem e querer um valor numa coisa cujo propósito é vender uma imagem.
Placebo cultural é o que vendem a todos nós. Só que ele não cura, de forma alguma, nosso vazio.
Wow! Ótimo blog.
ReplyDelete