Sunday, November 28, 2010

Discografia: Sigur Rós

Sigur Rós: A Rosa Da Vitória


O ano de 1994 pode ser considerado um dos anos mais importante para a música islândesa (ainda que não tão famosa). O pequeno e gélido país, com população de apenas 300 mil habitantes, revelou ao mundo uma das bandas mais inovadoras da história. Nascia assim, o Sigur Rós, composto por Jónsi Birgisson, Georg Hólm e Ágúst Ævar Gunnarsson.Com uma música calma, tranquila e mágica, o grupo lançou o álbum Von, em 1999, que fez grande sucesso na Islândia. Logo depois o álbum foi remixado por vários DJ's, o que resultou no álbum Von Brigði. Após o primeiro trabalho, o Sigur Rós ganhou mais um integrante: Kjartan Sveinsson assumiu os teclados e contribuiu ainda mais para a música hipnotizante da banda.

Já em 1999, o grupo lança o apaixonante e famoso álbum Ágætis Byrjun, que fez com que o Sigur Rós alcançasse fama internacional. A música Sven-G-Englar fez parte da trilha sonora do filme Vanilla Sky, o que contribui mais ainda para o sucesso da banda.

Em 2002 é lançado talvez o disco mais misterioso do grupo. Primeiro porque todas as músicas não tinham nomes (Untitled #1, Untitled #2 etc.). E o segundo foi porque o encarte do álbum, vinha em branco, para que todos que ouvissem o disco, escrevessem o que havia acabado de sentir com o som do Sigur Rós. E o último e principal motivo, era o fato que o disco também não tinha um nome "normal". Composto por dois parênteses (isso mesmo, o álbum se chamava "( )"), ganhou outros nomes entre os fãs como "O Álbum sem nome". Logo depois, em seu site, a banda deu nome a todas as músicas.

No ano de 2005, o Sigur Rós lançou o seu quinto álbum, chamado Takk. O disco conseguiu o 16º lugar na lista de discos mais vendidos no Reino Unido, e o 27º nos Estados Unidos.

Já em 2008, a banda lança o álbum Með Suð Í Eyrum Við Spilum Endalaust (que na minha opinião é um baita álbum, afinal, conheci a banda por ele).

Bom, todos nós fizemos um esforço gigantesco para trazer todos os trabalhos do Sigur Ros. Corremos atrás de tudo para que vocês pudessem ter acesso a maioria dos álbuns, EP's Singles e álbuns ao vivo. Claro que ainda vamos ficar devendo alguns trabalhos, pois a lista é imensa. Mas mesmo assim, ainda conseguimos quase 923 MB pra vocês. Enjoy!!!

Álbuns:

Von (1997)

1. Sigur Rós
2. Dögun
3. Hún jörð...
4. Leit að lífi
5. Myrkur
6. 18 sekúndur fyrir sólarupprás
7. Hafssól
8. Veröld ný óg óð
9. Von
10. Mistur
11. Syndir Guðs
12. Rukrym





Von brigði (Remixes) (1999)


1. Syndir Guðs (Recycled by Biogen)
2. Syndir Guðs (Recycled by Múm)
3. Leit að lífi (Recycled by Plasmic)
4. Myrkur (Recycled by llo)
5. Myrkur (Recycled by Dirty-Bix)
6. 18 sekúndur fyrir sólarupprás (Recycled by Curver)
7. Hún jörð... (Recycled By Hassbræður)
8. Leit að lífi (Recycled by Thor)
9. Von (Recycled by Gus Gus)
10. Leit að lífi² (Recycled by Sigur Rós)



Ágætis Byrjun (1999)


1. Intro
2. Svenfn-g-englar
3. Starálfur
4. Flugufrelsarinn
5. Ný batterí
6. Hjartað hamast
7. Viðrar vel til loftárása
8. Olsen Olsen
9. Ágætis byrjun
10. Avalon





( ) (2002)

1. Untitled #1
2. Untitled #2
3. Untitled #3
4. Untitled #4
5. Untitled #5
6. Untitled #6
7. Untitled #7
8. Untitled #8





Takk (2005)

1. Takk...
2. Glósóli
3. Hoppípolla
4. Með blóðnasir
5. Sé lest
6. Sæglópur
7. Mílanó
8. Gong
9. Andvari
10. Svo hljótt
11. Heysátan



Með suð í eyrum við spilum endalaust (2008)

1. Gobbledigook
2. Inní mér syngur vitleysingur
3. Góðan daginn
4. Við spilum endalaust
5. Festival
6. Með suð í eyrum
7. Ára bátur
8. Illgresi
9. Fljótavík
10. Straumnes
11. All alright
12. Heima




EP's/Singles

Rimur EP (2001)

1. Kem ég enn af köldum heiðum
2. Til ei lætur tíðin mér
3. Fjöll í austri fagurblá
4. Slær á hafið himinblæ
5. Hugann seiða svalli frá
6. Lækurinn




Ba Ba Ti Ki Di Do EP (2004)


1. Ba Ba
2. Ti Ki
3. Di Do




Sæglópur EP (2006)


1. Sæglópur
2. Refur
3. Ó friður
4. Kafari
5. Hafsól




Svefn-g-englar Single (1999)


1. Svefn-g-englar
2. Viðrar vel til loftárása
3. Nýja lagið
4. Syndir Guðs




Ný Batterí Single (2001)


1. Rafmagnið búið
2. Ný batterí
3. Bíum bíum bambaló
4. Dánarfregnir og jarðarfarir





Live

Live At Icelandic Opera House (1999)


1. Intro/Von
2. Syndir Guðs
3. Flugufrelsarinn
4. Olsen Olsen
5. Ágætis Byrjun
6. Viðrar vel til loftárása
7. Svefn-g-Englar
8. Ný Batterí
9. Nýja lagið
10. Hafssól






Live At Madison Square Garden (2006)

1. Takk/Glosoli
2. Ný Batteri
3. Sæglópur
4. Gong
5. Andvari
6. Hoppípolla
7. Með Blóðnasir
8. Sé Lest
9. Olsen Olsen
10. Viðrar Vel Til Loftárása
11. Svó Hljótt
12. Heysatan
13. Starálfur

Parte 1


Parte 2


Live At Bonnaroo Festival (2008)



  1. Sé lest
  2. Við spilum endalaust
  3. Hoppípolla
  4. Festival
  5. Dljótavík/Suð í eyrum
  6. Góðan daginn
  7. Olsen olsen
  8. Inní mér syngur vitleysingur
  9. Hafsól
  10. Heysátan
  11. Gobbledigook
  12. All alright

Múm - Ouço mesmo! E daí?


Agora chegou a vez de falarmos da Múm.

Antes de mais nada é preciso dizer que assim como Sigur Rós e Piano Magic, Múm é uma banda sem definição de estilo. A banda é um mix do Post-Rock, Lap-Tronic, Música experimental e “outras cocitas más”, muitos afirmam ser fruto do minimalismo, o que realmente sabemos é que ela é do estilo “Banda nota 10″.

Múm é uma banda oriunda da Islândia formada em 1997 por Gunnar, Örn Tynes, Örvar e as gêmeas Gyða e Kristín. Seu primeiro álbum oficial intitulado de “Yesterday was dramatic, today is OK” foi lançado em 2000. Diante de um som suave, envolvente, de letras emocionantes, todos sabiam que a popularidade seria apenas uma questão de tempo, dito e certo, a cada ano a banda vinha ganhando cada vez mais espaço no cenário musical islandês e mundial. Seu mais famoso álbum (Summer Make Good) chega com letras fantásticas sobre músicas escritas num farol abandonado, os arranjos fascinam, a voz infantil, outrora sutil, agora é onipotente e incômoda (no bom sentido é claro) . Relegaram-se para segundo plano os holofotes a incidir sobre a ginástica electrónica. O palco traz agora mais cordas e sopros. Muito mais ecos. Ruídos de fundo com ênfase de tumulto. Voz angelical por vezes a roçar os primos Sigur Rós (“Abandoned Ship Bells”). E enfim, se também desse lado aguarda a chegada em força do sol quente para recuperar os ânimos, use o disco como companhia, porque isso os Múm sempre souberam mostrar – a inigualável conquista da boa música e das melhores emoções na vida através da partilha e do esforço em conjunto. Mas esse era apenas o começo de uma longa história que viria a solidar a carreira da banda.
De fato existe algo fascinante nas bandas islandesas, já não bastava Sigur Rós, ainda temos o prazer de poder desfrutar das boas músicas da Múm.


O SIGUR RÓS lançou “In a Frozen Sea: A Year With Sigur Rós”, box que reúne 3 discos da carreira em LPs de 12 polegadas.

O box impressiona pela beleza das imagens e pelo acabamento mais que especial. O livro, com fotos de Jeff Anderson, documenta a turnê que a banda fez em 2006 pela Islândia, para divulgar “Takk…”, ótimo álbum do ano anterior. São 32 páginas de imagens espetaculares, que retratam, além da banda em ação, paisagens belíssimas da terra natal da banda – e que vão muito bem com a música deles.

Os álbuns relançados são o aclamado “Ágætis Byrjun” (1999), “( )” (2002) e o supracitado “Takk…”. Os álbuns vêm em 7 LPs, sendo que, no último deles, ainda vem uma faixa praticamente inédita: “Smaskifa”, que só havia saído antes no single de “Vaka” (ou “Untitled #1″), faixa de abertura de “( )”.

Saiba onde encontrar o box e veja todos os detalhes no link abaixo.


Chega de lero-lero e vamos aos downs.

mum yesterday


2000 - Yesterday was dramatic – Today is OK!
1 – I’m 9 today
2 – Smell memory
3 – There is a number of small things
4 – Random summer
5 – Asleep on a train
6 – Awake on a train
7 – The Ballad of the broken birdie records
8 – The Ballad of the broken string
9 – Sunday night just keeps on rolling
10 – Slow bicycle

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please - mum


2001 - Please Smile My Noise Bleed


1 On the old mountain radio
2 Please sing my spring reverb
3 Please sing my spring reverb (styromix by styrofoam)
4 Please sing my spring reverb (caetena mix by i.s.a.n.)
5 Flow not so fast old mountain radio
6 Please sing my spring reverb (phonem mix)
7 On the old mountain radio (christian kleine mix)
8 Please sing my spring reverb (amx mix)
9 Please sing my spring reverb (b.fleischmann mix)

Up-File (parte 1)

Up-File (parte2)

Up-File (parte 3)

Up-File (parte 4)

Megaupload

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Pass: www.mediaportal.ru



finally - mum


2002 - Finally we are no one


01 sleep/swim
02 green grass of tunnel
03 we have a map of the piano
04 don’t be afraid, you have just got your eyes closed
05 behind two hills,,,,a swimmingpool
06 k/half noise
07 now there’s that fear again
08 faraway swimmingpool
09 i can’t feel my hand any more, it’s alright, sleep still
10 finally we are no one
11 the land between solar systems

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summer - mum


2004 - Summer make good


1 hú viss – a ship
2 weeping rock, rock
3 nightly cares
4 the ghosts you draw on my back
5 stir
6 sing me out the window
7 the island of children’s chirldren
8 away
9 oh, how the boat drifts
10 small deaths are the saddest
11 will the summer make good for all our sins?
12 abandoned ship bells

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pell session - mum


2006 - Peel Session


1-Scratched Bicycle Smell Memory
2-Awake on a Train
3-Now There is That Fear Again
4-The Ballad of the Broken String

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mum - gogo

2007 – Go Go Smear The Poison Ivy

01 Blessed Brambles
02 A Little Bit, Sometimes
03 They Made Frogs Smoke ‘Til They Exploded
04 These Eyes Are Berries
05 Moon Pulls
06 Marmalade Fires
07 Rhuubarbidoo
08 Dancing Behind My Eyelids
09 School Song Misfortune
10 I Was Her Horse
11 Guilty Rocks
12 Winter (What We Never Were After All)
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Abaixo segue alguns links de down, neles está contido todo o trabalho do grupo, desde “Yesterday Was Dramatic – Today is Ok (2001)” até “Peel Sessions” (2006).

http://rapidshare.com/files/41864516/Mum.part1.rar
http://rapidshare.com/files/41865505/Mum.part2.rar
http://rapidshare.com/files/41866478/Mum.part3.rar
http://rapidshare.com/files/41869561/Mum.part4.rar
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Wednesday, November 17, 2010

Refletindo sobre a natureza da educação



Se os tubarões fossem homens, eles fariam construir resistentes caixas do mar, para os peixes pequenos com todos os tipos de alimentos dentro, tanto vegetais, quanto animais.

Eles cuidariam para que as caixas tivessem água sempre renovada e adotariam todas as providências sanitárias, cabíveis se por exemplo um peixinho ferisse a barbatana, imediatamente ele faria uma atadura a fim que não morressem antes do tempo.

Para que os peixinhos não ficassem tristonhos, eles dariam cá e lá uma festa aquática, pois os peixes alegres tem gosto melhor que os tristonhos.

Naturalmente também haveria escolas nas grandes caixas, nessas aulas os peixinhos aprenderiam como nadar para a guela dos tubarões.

Eles aprenderiam, por exemplo a usar a geografia, a fim de encontrar os grandes tubarões, deitados preguiçosamente por aí. aula principal seria naturalmente a formação moral dos peixinhos.

Eles seriam ensinados de que o ato mais grandioso e mais belo é o sacrifício alegre de um peixinho, e que todos eles deveriam acreditar nos tubarões, sobretudo quando esses dizem que velam pelo belo futuro dos peixinhos.

Se encucaria nos peixinhos que esse futuro só estaria garantido se aprendessem a obediência.

Antes de tudo os peixinhos deveriam guardar-se antes de qualquer inclinação baixa, materialista, egoísta e marxista e denunciaria imediatamente aos tubarões se qualquer deles manifestasse essas inclinações.

Se os tubarões fossem homens, eles naturalmente fariam guerra entre sí a fim de conquistar caixas de peixes e peixinhos estrangeiros.

As guerras seriam conduzidas pelos seus próprios peixinhos. Eles ensinariam os peixinhos que entre eles os peixinhos de outros tubarões existem gigantescas diferenças, eles anunciariam que os peixinhos são reconhecidamente mudos e calam nas mais diferentes línguas, sendo assim impossível que entendam um ao outro.


Cada peixinho que na guerra matasse alguns peixinhos inimigos

Da outra língua silenciosos, seria condecorado com uma pequena ordem das algas e receberia o título de herói.

Se os tubarões fossem homens, haveria entre eles naturalmente também uma arte, havia belos quadros, nos quais os dentes dos tubarões seriam pintados em vistosas cores e suas guelas seriam representadas como inocentes parques de recreio, nos quais se poderia brincar magnificamente.

Os teatros do fundo do mar mostrariam como os valorosos peixinhos nadam entusiasmados para as guelas dos tubarões.

A música seria tão bela, tão bela que os peixinhos sob seus acordes, a orquestra na frente entrariam em massa para as guelas dos tubarões sonhadores e possuídos pelos mais agradáveis pensamentos .

Também haveria uma religião ali.

Se os tubarões fossem homens, ela ensinaria essa religião e só na barriga dos tubarões é que começaria verdadeiramente a vida.

Ademais, se os tubarões fossem homens, também acabaria a igualdade que hoje existe entre os peixinhos, alguns deles obteriam cargos e seriam postos acima dos outros.

Os que fossem um pouquinho maiores poderiam inclusive comer os menores, isso só seria agradável aos tubarões pois eles mesmos obteriam assim mais constantemente maiores bocados para devorar e os peixinhos maiores que deteriam os cargos valeriam pela ordem entre os peixinhos para que estes chegassem a ser, professores, oficiais, engenheiro da construção de caixas e assim por diante.

Curto e grosso, só então haveria civilização no mar, se os tubarões fossem homens.



Sobre o autor:

Bertold Brecht (1898-1956), nascido em Augsburgo. Escritor e dramaturgo alemão, além de grande teórico teatral. Desde menino escrevia poesias de forte conteúdo social. Foi perseguido pelos nazistas pelo seu comunismo militante.

O papel da música na formação de um indivíduo

Em praticamente todas as culturas, a música tem presença relevante numa grande diversidade de contextos, a partir dos quais podemos avaliar seu papel enquanto expressão pessoal, arte, entretenimento, profissão, função ritual, religiosa, ambiente, meio de comunicação ou relaxamento, conexão com outras linguagens como a dança e o cinema, passaporte para “tribos” locais, urbanas, regionais ou nacionais, trampolim para egos ou ascensão social, etc.

No Brasil, a música vem sendo cada vez mais utilizada também como atividade de apoio a inúmeros projetos de formação e inclusão social, contribuindo para a diminuição das desigualdades que tanto nos envergonham.

Mas, apesar do valor que isso representa, não se pode aceitar que esse modo de presença, em que a aprendizagem musical costuma se dar apenas por imitação ou reprodução, seja justificativa para a ausência da música como conhecimento específico no projeto curricular das escolas brasileiras.

A música, quando aprendida e utilizada como linguagem, oferece aos alunos o acesso a uma educação para a vida que inclui o desenvolvimento da sensibilidade a partir da aquisição de um vasto vocabulário de efeitos de sentido associados a configurações musicais detalhadas e precisas, num processo de construção de conhecimento que integra os dois recursos que o homem dispõe para isso: pensamento e sentimento. Música como linguagem não é algo apenas para quem busca formação profissional, não depende de talento ou dom e está ao alcance de todos.

De fato, quando assumida como linguagem que incorpora os fundamentos que a tornam arte, a música nos permite integrar competências lingüísticas, corporais, espaciais, de raciocínio lógico, percepção de si próprio e percepção do outro, além das musicais. Nenhuma outra disciplina do currículo da escola brasileira oferece tal possibilidade de integração entre conhecimentos – algo vital para a formação de indivíduos capazes de perceber mais profundamente o mundo em que vivem e de usar com sensibilidade e sabedoria os conhecimentos adquiridos ao longo de toda a sua formação.

Para tanto, o ensino da música precisa incluir como conteúdos os processos de composição, interpretação, improvisação, apreciação e reflexão sobre música, sempre com ênfase na percepção que integra compreensão e impressão.

é necessário também ensinar o aluno a superar todos os rótulos que hoje compartimentam a música em nichos de consumo e ajuda-lo a construir conhecimento a partir das relações entre idiomas musicais. A oposição entre música erudita e música popular, que no passado já foi a grande questão da educação musical, há muito deixou de fazer sentido. Aliás, Koellreutter já dizia: “Não existe música erudita; o que existe é músico erudito” (que deve fazer com a sua erudição a música que bem entender). Hoje, o grande desafio da educação musical nesse mundo de “clics”, duplos clics, sites de busca, hipertextos, multicanais e outros meios de acesso simultâneo a uma imensa quantidade de informação, é fazer com que o aluno aprenda a valorizar o conhecimento que ele pode construir não simplesmente a partir das informações, mas das relações que puder estabelecer entre elas.

A inclusão da música na educação brasileira exigirá vontade política, planejamento e ação do governo e de toda a sociedade; e precisará considerar as leis e parâmetros educacionais publicados na última década.

Conforme diagrama apresentado na videoconferência dos GTs de Formação Musical, realizada no primeiro semestre de 2005, propomos o investimento em um amplo Programa Nacional de Educação Musical, prevendo:

A criação de um projeto nacional de ensino médio profissionalizante de música referenciado na música como linguagem;

A criação de um grande número de outros projetos locais, regionais e nacionais, referenciados nesse projeto principal;

Será muito? Em uma pesquisa realizada em 2005, os brasileiros elegeram a música